Entre linhas certas e sarrabisco intensos, existe sempre algo que nos atormenta.
Se a nossa linha e sarrabisco fala-se, creio que seriamos pessoas mais do que sentimentais e livres de falar e expressar...
Se esta linha desenha-se uma rosa perfeita sem levantar a ponta do lapiz ou caneta e se o sarrabisco não fizesse aquele traço que vai dar sempre ao mesmo sitio....., a vida seria tranquila e sem confrontos.
Se aquele sarrabisco não sobrepusesse a felicidade de uma linha que antes era perfeita, a vida humana estava plena e serena.
Mas como a linha não vive sem o sarrabisco, e o sarrabisco não vive sem a linha, nada se pode tornar vida se não existir harmonia.
Sinal de mágoa e dureza entre o lapiz e o papel,
Se essa mágoa mostra-se a minha verdadeira face
Não havia mundo que me levasse com o véu.
Entre a voz e o coração há um buraco onde a respiração cai,
Por cada momento que passa, ele quase que se vai!....
Choro meu que molhas o papel,
Porque raio fazes tu não mostrar o meu broquel
Com raiva e cegues vou eu à luta,
Caindo por fim na rua da amargura.
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